Durante os meus mais de 30 anos atuando com uma empresa de Assessora de Imprensa raiz, tive a oportunidade de trabalhar para projetos de posicionamento de marcas do segmento corporativo.
Mais de 30 anos de atuação em Assessoria de Imprensa
Durante os meus mais de 30 anos atuando com uma empresa de Assessora de Imprensa raiz, tive a oportunidade de trabalhar para projetos de posicionamento de marcas do segmento corporativo. Nos primeiros anos de fundação tive oportunidade de trabalhar com os seguintes projetos:
KBC – marca de bolsas de couro
KCB – marca de bolsas de couro cujo principal diferencial era possuir sua própria fábrica e produzir uma linha mais clássica de bolsas e alguns acessórios. Foi a primeira a anunciar em grandes revistas femininas como a Elle e a Cláudia. Naquela época, na década de 90 as marcas de bolsa não tinham esse costume de investir em publicidade.
A marca abriu caminho para que outras fabricantes despertarem o interesse nesse tipo de vitrine e os anúncios de bolsa começaram a ser veiculados naquelas revistas mensais. A marca infelizmente entrou num processo de dificuldades financeiras e fechou aquela fábrica. Mas continua vendendo produtos com a marca.
Office Max
Office Max – Franquia de loja de materiais de escritórios americanas. Quando a Office Max chegou ao Brasil pelas mãos do então empresário Edson Vaz Musa, ex- presidente da Rhodia e que adquiriu a Caloi, causou polvorosa. Era um enorme “supermercado” só com produtos para escritórios importados. Edson era tipo o Rei Midas do segmento corporativo, tudo que ele tocava fazia sucesso.
Tive a oportunidade de conhece-lo quando ainda estava na Rhodia. O assessor de imprensa da multinacional francesa na época Roberto Custódio, me chamou para fazer um job para a empresa. E eu fui. Nos tornamos bons amigos.
Rhodia
Rhodia – Uma das mais importantes multinacionais do país, a Rhodia revolucionou o que hoje chamamos de relacionamento com a imprensa. Eles criaram o primeiro manual sobre o tema, mostrando a importância de se respeitar os jornalistas e saber criar reputação a partir de relacionamentos, com a mídia, cada vez mais transparentes.
Dei apoio à assessoria da empresa em dois projetos. O primeiro foi o lançamento de um produto direto para o consumidor. Era um produto para bricolagem, um silicone aplicável via tubo. Era a época que fervilhava o “Faça você mesmo”, então o produto veio a calhar e fez muito sucesso. Já o segundo foi o lançamento do Fio Amy, de alta tecnologia durante o São Paulo Fashion Week, quando era realizado no Shopping Morumbi. Foi uma alta tecnologia para a época e fez muito sucesso na mídia.
CAPCOM
CAPCOM – Empresa japonesa de Jogos Eletrônicos. Marca chegou ao Brasil instalando na avenida paulista um salão de jogos com campeões de vendas dos games como Street Fighter e Pinbals e outros jogos. Para fazer o lançamento conseguimos um sósia de um jogador da NBA que entrava nas redações (sim, podia na época), com uniforme e batendo bola e contando a novidade. Depois fizemos um convite exclusivo para a imprensa na data de abertura e foi um super sucesso. O local ficava lotado o dia todo.
Mercer
Mercer – Multinacional de Recursos Humanos. Esse certamente foi o projeto mais importante de toda a minha carreira. Fui indicada para fazer um job de um seminário de benefícios em saúde, e consegui alguns bons espaços de mídia. Assim que o seminário terminou eles perguntaram se eu poderia fazer um projeto para atender a empresa no Brasil.
Foi muito legal, quando na primeira reunião com 10 executivos das áreas de negócios eles me perguntaram: “você é amiga dos jornalistas, certo? Para conseguir que saiam matérias da Mercer?”. Pois é… Falei: “ao contrário” e que evitava passar pautas para amigos, pois isso não fazia sentido. Expliquei que notícias tem espaço sempre. E mês a mês fui conquistando a confiança e o respeito daquela equipe de consultores de ouro. Foram anos de trabalho muito prósperos onde eu administrava cerca de 12 porta-vozes altamente bem preparados e disponíveis para a imprensa.
A ordem era não perder pauta. E não perdíamos. Todo o ano me comprometia a bater minhas metas do ano anterior onde buscava pautas onde o cliente era fonte única, como principal meta. E deu certo. Fiquei com eles por 18 anos. O contrato foi finalizado em 2017. Houve um intervalo de 4 meses que eu saí e fui substituída por uma outra grande assessoria, que infelizmente não conseguiu atender o projeto sugerido na época e eu voltei.
Só tenho a agradecer por esse longo aprendizado. Tenho até hoje o clipping anual que fechava. Hoje em dia esse resultado é impossível de ser conseguido. Muitos veículos de imprensa saíram de circulação e os que ficaram estão trabalhando com muito menos espaço e mais concorrentes.
Oliver Wyman
Oliver Wyman – consultoria em estratégia de negócios que faz parte do grupo Marsh. Tive oportunidade de fazer alguns Jobs. A consultoria produz relatórios de setores importantes e contribui para o desenvolvimento dos mesmos no longo prazo. Eu saí com a chegada de uma nova diretora. Isso acontece com muita frequência. Mesmo o projeto indo bem, mudou o marketing, ou alguém executivo decisor, a Assessoria fatalmente é reavaliada e normalmente substituída. De toda a forma eles continuam com excelência no trabalho que realizam.
FIA/PROVAR
FIA/PROVAR – A Faculdade de Administração da USP estava comum projeto voltado para o VAREJO e batizado de PROVAR. Tratava-se de uma pesquisa aprofundada sobre o setor que trazia dados valiosos para o Varejo como um todo. Fui chamada para fazer o lançamento da primeira edição e convocar uma coletiva. Deu super certo. A segunda missão era transformar seu mentor em fonte de imprensa. Era o então professor Claudio Felisoni de Angelo. Fui trabalhando nas demais edições e hoje o Professor é, ainda hoje, uma das mais importantes fontes da área de economia, para a mídia.
SAKATA /AGROFLORA
SAKATA /AGROFLORA – A SAKATA é uma empresa líder na fabricação de sementes no mundo. Empresa japonesa veio para o Brasil após adquirir a Agroflora, cooperativa agrícola situada na cidade de Bragança Paulista. Com instalações impecáveis a sede da empresa foi palco de projetos inovadores. Desde o lançamento dos tomates Carmen e Debóra, que deu o que falar, até a chegada de uma flor de nome difícil e sem cheiro, a Lisianthus. Sim fui eu quem fez o lançamento dessa flor no mercado brasileiro. O interessante é que acostumados a se inebriarem com o perfume de flores, uma certa desconfiança pairava quando falamos dessa nova flor com a imprensa. Tornamos sua “fraqueza”, sua fortaleza. Ou seja, como é linda, pode ser encontrada em inúmeras tonalidades incluindo bicolor, sendo a única que pode ser composta em qualquer arranjo pois não vai brigar com o perfume das demais flores. Foi o nosso Gol. Também realizei Dia de Campo, com press trip, levando os colegas de imprensa para conhecerem as plantações da empresa. Tinha porco no rolete.
Essa é primeira parte de uma história onde empresas e executivos importantes contaram com minha atuação para tornarem seus negócios mais prósperos e aumentar sua visibilidade e importância perante seus mercados e públicos, através dos resultados conquistados nas centenas de matérias publicadas ao longo dos anos. Uma época em que a internet estava chegando. Depois vou contar a segunda parte sobre Pequenas marcas e grandes propósitos.
Obrigada por ler até aqui!
